quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O tempo perguntou pro tempo

Quanto tempo...
Já repararam como o tempo passa de forma diferente para as pessoas?

"Nossa como o ano passou rápido!"
"Essa semana está voando"
"A aula hoje quase não acaba"
"A era de ouro do rádio"
"A dinastia Ming"

E aqueles dias que você dorme e acorda na manhã seguinte em um piscar de olhos? Você já teve essa impressão?
E aquele tempo que decorre entre o tropeção e a certeza de que você vai bater a cara no poste? Parece que foi em camera lenta, mas mesmo assim não dá tempo de fazer nada...
E os dois anos que tenho vivido no Canadá? Novidades quase todos os dias. Muita coisa nova, muita coisa pra descobrir. Parece que foi ontem que cheguei aqui.
Mas, aposto que para a minha mãe, esses dois anos estão sendo longos sem a presença do neto. Parece que faz 10 anos que eles foram embora. Ela diria.
E o tempo que se passou desde que perdemos alguém que amamos? Faz muito tempo? Faz pouco tempo? O que voce faria se tivesse tido mais tempo com ela!?

Ah o tempo...

Há alguns anos eu li "Uma Breve História do Tempo" de Stephen Hawking. Aquele físico que sofre de Esclerose lateral amiotrófica e fala com voz de robô.

Entre outros assuntos, o livro diz (obviamente não sou gênio e estou dando uma versão simplificada) que quanto mais rápido uma pessoa viaja, mais devagar o tempo passa para ela.
Ou seja, se eu sair de casa no meu foguete e viajar por uns 30 anos com velocidade perto da velocidade da luz, quando eu voltasse, meu filho estaria mais ou menos com a minha mesma idade.
Claro que estou falando teoricamente, já que não tenho foguete e nem é possível viajar com velocidade próxima a da luz, pois nesse caso eu teria quase a mesma massa que o universo. Mas, física agora não vem ao caso.

George Carlin em uma das suas apresentações disse que não existe agora. Existe o futuro iminiente ou o passado recente. Quando você diz "agora", pfffff já passou, já virou passado. Faz sentido.

Sei que é sacanagem colocar George Carlin e Stephen Hawking no mesmo post, mas o tempo vai me perdoar.

A medição do tempo foi inventada pelo homem, na sua tentativa de organizar tudo. Nós, seres humanos, somos assim mesmo... uma raça de caga-regras.
Mulçumanos, judeus, cristão, chineses todos vivendo de acordo com seu próprio calendário.

Minha dica... qualquer que seja a medição de tempo, todos os momentos que você vive são únicos. Por mais que você tenha uma rotina, cada abraço do seu filho é diferente.
Nenhum dia é igual ao outro e quando ele acaba, nem você é mais o mesmo.

Aproveite seu dia... ele já está ficando no passado.